Pal Norte (feat. Orishas) (tradução)

Original


Calle 13

Compositor: Calle 13

Umas pernas que respiram
Veneno de serpente
Pelo caminho do vento
Vou soprando aguardente

O dia a dia tinha começado animado e alegre

- Disse (hahaha) Passaporte
- Para onde vai caminhando nesta noite tão feia.
- Você não se anima?
- Olhe como está o caminho, Anegaito.
- O caminho é o de menos.
- O importante é chegar.

Tenho teu antídoto...
Pro que não têm identidade
Nós somos idênticos...
Pro que chegou sem avisar
Venho tranquilo...
Para os que já não estão, para os que estão e os que vem (x2)

Um nômade sem rumo
A energia negativa eu a derrubo
Com minhas unhas de carneiro,
Me propus a percorrer o continente inteiro
Sem Bússola, sem tempo, sem agenda
Inspirado pelas lendas
Com histórias empacotadas em latas,
com os contos que a lua relata,
Aprendi a caminhar sem mapa...

A ir caminhando sem comodidades, sem luxo,
Protegido pelos santos e os bruxos
Aprendi a escrever merdas na minha caderneta
E com um mesmo idioma sacudir todo planeta
Aprendi que o meu povo ainda reza,
Porque as merdas de autoridade e a puta realeza
Ainda se movem debaixo da mesa
Aprendi a engolir a depressão com cerveja
Meus patrões eu escupo desde as montanhas
e com minha própria saliva enveneno seu champanhe
Enveneno seu champanhe...

[ROLDAN:]
Sigo bebendo rum...

Tenho teu antídoto...
Pro que não têm identidade
Nós somos idênticos...
Pro que chegou sem avisar
Venho tranquilo...
Para os que já não estão, para os que estão e os que vem (x2)

Em seu sorriso eu vejo uma guerrilha,
Uma aventura, um movimento.
Tua linguagem, teu sotaque,
Eu quero descobrir o que já estava descoberto
Ser um imigrante que é meu esporte
Hoje eu vou pro norte sem passaporte, sem transporte
A pé, com as patas
Mas não importa esse homem se hidrata
Com o que retratam meus olhos
Carrego um par de paisagens na mochila,
Carregada com vitamina de clorofila,
carregado com um rosário que me vigia

Eu sonho em cruzar o meridiano,
deslizando pelas cordas dos quatro Aureliano
E chegar bem cedinho à margem
Pelo deserto com os pés na grelha
Vamos por baixo da terra, como os esquilos,
Eu vou atravessar a muralha
Eu sou um intruso com a identidade de recluso
E por isso me transformo em mergulhador
E mergulho por baixo da terra
Para que os guardas não me vejam
E os cães não me farejem
Vovó não se preocupe
Que em meu pescoço trago a Virgem de Guadalupe

[ROLDAN:]
Ouçam todos imigrantes do mundo inteiro ... aí vai isso... Calle 13

Tenho teu antídoto...
Pro que não têm identidade
Nós somos idênticos...
Pro que chegou sem avisar
Venho tranquilo...
Para os que já não estão, para os que estão e os que vem (x3)

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