Latinoamérica (part. Totó La Momposina, Susana Baca y Maria Rita) (tradução)

Original


Calle 13

Compositor: Rafa Arcaute / René Pérez / Eduardo Cabra

Eu sou, eu sou o que sobrou
Sou todo o resto do que roubaram
Um povo escondido no topo
Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer clima

Eu sou uma fábrica de fumaça
Mão de obra camponesa, para o seu consumo
Frente fria no meio de verão
O amor nos tempos de cólera, meu irmão

Eu sou o Sol que nasce e o dia que morre
Com os melhores pores do Sol
Sou o desenvolvimento em carne viva
Um discurso político sem saliva

Os mais belos rostos que já vi
Sou a fotografia de um desaparecido
O sangue correndo em suas veias
Sou um pedaço de terra que vale a pena

Uma cesta com feijões
Eu sou Maradona contra a Inglaterra, marcando dois gols
Sou o que sustenta minha bandeira
A espinha dorsal do planeta é a minha cordilheira

Sou o que meu pai me ensinou
Aquele que não ama sua pátria, não ama sua mãe
Sou América Latina
Um povo sem pernas, mas que caminha, ei!

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor

Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor

Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Tenho os lagos, tenho os rios
Tenho os meus dentes pra quando eu sorrio
A neve que maquia minhas montanhas
Eu tenho o Sol que me seca e a chuva que me banha

Um deserto embriagado com cactos
Um gole de pulque para cantar com os coiotes
Tudo que eu preciso
Os meus pulmões respiram um céu azul clarinho

A altura que sufoca
Sou os dentes na minha boca, mascando coca
O outono com suas folhas caídas
Os versos escritos sob as noites estreladas

Um vinhedo repleto de uvas
Um canavial sob o Sol em Cuba
Eu sou o mar do Caribe que vigia as casinhas
Fazendo rituais de água benta

O vento que penteia meus cabelos
Sou todos os santos pendurados em meu pescoço
O suco da minha luta não é artificial
Porque o adubo de minha terra é natural

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor

Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor

Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha alegria
Não se pode comprar minhas dores

Não se pode comprar o Sol
Não se pode comprar a chuva
(Vamos caminhando) no riso e no amor
(Vamos caminhando) no pranto e na dor

(Vamos desenhando o caminho) o Sol
Não se pode comprar minha vida
(Vamos caminhando) a terra
Não está à venda

Trabalho árduo, porém com orgulho
Aqui se divide, o que é meu é seu
Este povo não se afoga com as marés
E se algo desaba, eu reconstruo

Também não pisco quando eu te vejo
Para que você se lembre do meu sobrenome
A Operação Condor invadindo meu ninho
Eu perdoo, porém nunca esqueço, ei!

(Vamos caminhando)
Aqui se respira luta
(Vamos caminhando)
Eu canto porque se ouve
(Vamos desenhando o caminhando) vozes de um só coração
(Vamos caminhando) aqui estamos de pé

Viva a América!

Não se pode comprar minha vida

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