Algo Personal (part. Joan Manuel Serrat) (tradução)

Original


Calle 13

Compositor: Joan Manoel Serrat

Provavelmente, em seu povoado, serão lembrados
Como cachorros de boas pessoas
Que furtavam flores para presentear a sua mãe
E davam de comer aos pombos

Provavelmente tudo isso deve ser verdade
Ainda que seja mais turvo o como e de que maneira
Chegaram estes indivíduos a ser o que agora são
Nem a quem servem quando alçam as bandeiras
Homens de palha que usam a colônia e a honra
Para ocultar intenções obscuras
Têm dupla vida, são assassinos do mal!
Entre estes indivíduos e eu há algo pessoal

Eles têm mais truques que os magos, verdadeiramente
Sem usar vareta mágica, desaparecem gente
Abracadabra, desapareceste - se seu cartaz diz algo que os ponha tristes
Odeiam os humanistas
Os estudantes de Filofosia são todos uns terroristas!
Geralmente não se dão bem com os pensadores
São como touros, não veem todas as cores
Chegaram para nos salvar nestes tempos trágicos
Juntos com suas promessas cheias de realismo mágico
E com sua linguagem de mentiras infinitas
Convencem até as flores de que não são bonitas
Te confundem até que tenham claridade mental
São dos tipos que vendem gelo
À um esquimó
Fazem armadilhas com os votos na escola eleitoral
Com estes tipos, também tenho algo pessoal

Rodeados de protocolos, comitivas e seguranças
Viajam à paisana em carros blindados
A semear calúnias, a mentir com naturalidade
A colocar nas escolas seu retrato
Gastam mais do que se têm para colecionar
Espiões, listas negras e arsenais
Dá agonia vê-los fanfarronear
A ver quem é que o tem o maior

Se armam até os dentes
Em nome da paz
Jogam com coisas que não tem reposição e a culpa é sempre do outro quando algo lhes sai mal
Entre estes tipos e eu há algo pessoal

Dos colégios militares são devotos
Porque pensam que, para defender-se
Têm que matar ao outro
Difícil de ajuizar frente aos tribunais
Mandam a terceiros para não deixar suas impressões digitais
Fogem em helicópteros da milícia
E se fazem doentes para escapar da Justiça
Presenteiam futebol, cerveja e um pouco de dança também
Pra que você se esqueça de que eles não estão se comportando bem
Roubaram os sonhos de metade da humanidade
Não creem na Páscoa, tampouco em Natal
A estes tipos, quando pequenos, não os deram carinho
Por isso quando se atira neles, se protegem com as crianças

Frente às câmaras, para não pegar mal, desjejuam uma hóstia aos Domingos na catedral
São como sucos de frutas com sabor artificial

Entre estes tipos e eu, há algo pessoal

E como quem, na coisa, não tem nada a perder
Soam o alarme e rompem as promessas
E em nome de quem não têm o gosto de conhecer
Nos põem a pistola na cabeça
Agarram aos cabelos, mas para não se sujarem
Vão cagar na casa alheia
E experimentam novos métodos de massacrar, Sofisticados e muitas vezes convincentes
Não reconhecem nem os seus pais quando perdem o controle
Nem se lembram que neste mundo há crianças
Nos negam a todos o pão e o sal
Entre estes tipos e eu há algo pessoal

Nos negam a todos o pão e o sal
Entre estes tipos e eu
(Com eles não me dou, com estes tipos não concordo!)
Entre estes tipos e eu
(Porque os loucos que esquecem não se dão com os registros)
Entre estes tipos e eu há algo pessoal

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