Compositor: René Pérez
Plante seus pés como duas raízes
Com esse balançar
Pode ser que me enfeitice
Cuidado
Para não se machucar
Mãezinha, com cautela
Sacude a cena
Em nome de sua avó
Minha canelinha
Meu docinho
Minha linda sara
Minha tempestade, furacão
Minha santa clara
Não vou deixar que te maltrate nada esquisito
Vou prender as velas para que não te aconteça nada
Aqui não tem facas
Nem pistolas
Aqui tem
Muita, muita
Muita, muita
Muita panela
Aqui tem muito sol
Muitas praias
Muitas ondas
Aqui tudo é melado
Nada de ingenuidade
Vou te pintar a praia
Azul crayola
Fomos
Vamos
Fomos
De canoa
Se não há canoa
Continuamos até amanhecer
Pra que
Pra que
Veja como flutua sua bunda
Quando te vi
Tive muitas cócegas
Foi como ter
Quarenta formigas
Mordendo minha barriga
Você sabe
Você sabe
Você sabe
Que está arrasando
Me tirou as calças, você é uma malandra
Vamos nos esparramar numa torta
Vamos fazer tembleque misturando com natilla
Como sua índole
Com tudo dentro
Ela eeee eee
Ela eeee ela
Ela eeee eeee
Ela eeee ela
Quero ver
Louca a girafa
Quero que esperneei
Para ver quem se safa
Remexendo a massa
Quero quatro xícaras
De cenoura com abóbora
Você me leva
Voando pelo campo
Acima do chão
Caminhando em perna-de-pau
Com uma cesta de patanco (planta silvestre)
Para caminhar em cima dos barcos
Até chegar a tua cordilheira
A que me cura de tudo, a curandeira
Por aí tem rumores
De que você é
A sorte de todas as cores
Uma horta repleta de feijões
Muito colar enfeitado com caracóis
Teu nome saiu nos três cartões (jogo de sorte)
Me disseram-no os cometas
Que me meta
Até o fundo sem pena
Que eu fosse na viagem
Sem mala
Para dar uma volta completa
Em todo o planeta
Em um colchão
Sapa
Sapa
Sapa
Sapateia a sola
Vamos enroscar a arruela (rodela usada por ourives)
Me dê
Me dê
Me dê
Me dê um pouco de nutela
Contigo eu vou nada
À capela
Ela eee eeee
Ela eeee ela
Ela eeee eeee
Ela eeee ela